sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O poder é canibal

Política, segundo o dicionário Michaelis é a arte ou ciência de governar. Governo esse que já sofreu durante a história grandes modificações em sua estrutura, passando do mais forte, pro mais sábio; do mais rico, pro mais virtuoso; do rei absoluto, pra existência de três poderes.

Monarquia, ditadura, república, império, reinado, feudo, o que existe em comum? A sede do ser humano por domínio, a obcessão para se ter o maior exército, a maior riqueza, o maior território. Sempre fomos controlados por um sistema que ao longo do tempo se modificou e hoje é posto para preservar os direitos básicos do ser humano, inicialmente descritos por Locke e Rousseau, e consagrados na declaração universal dos direitos humanos; temos o direito de várias coisas e não sabemos. O dever do sistema - O governo - é nos possibilitar o desfrute da vida, e não promover verdadeiras guerras pelo poder.


Para se governar é preciso TER política, e para chegar ao poder, é preciso FAZER política. Ohhhh, então quer dizer que TER política é diferente de FAZER política? SIM!

Ter política é acima de tudo ter ÉTICA e possuir ideias que proporcionem o progresso, o êxito de um governo é o avanço da nação governada. Fazer política é influenciar o modo de governo pela organização de um partido, influenciação da opinião pública, aliciação de eleitores. O que ocorre nessas Eleições, leitor, é o "fazer política" e esse "fazer política" supera a sede de progresso; o confronto entre dois partidos (PT e PSDB), é mais forte que o confronto de ideias entre duas pessoas e muitas vezes a campanha desses candidatos se apóia não na nação, mas nos defeitos do adversário. Barbaridades são ditas e o canibalismo se segue até as urnas.

Não gosto de debates, pra mim neles todos saem perdendo, neles os protagonistas são os ataques pessoais; os números vomitados, de onde não são reveladas as fontes; além de surgimentos  dos "escândalos de geladeira" esquentados no microondas nas vésperas da eleição. No segundo plano surgem duas ou três propostas interessantes.

A natureza humana é obcessiva, sempre queremos o poder, mas não podemos deixar o poder nos dominar e tirar-nos o respeito. Abaixo o canibalismo, não quero  números e estatísticas; o que falta é educação mané! Que tal criar vergonha? Queremos nossos direitos Já! Fazer menos política e ter mais ação é o que se espera dos nossos representantes. O Brasil tá precisando de mais pauduressência, escutem a voz do cara que vai dominar o mundo...
 
 "Os prédios se levantam ao meu redor
enquanto daqui do meu refúgio
vejo a cidade crescer e endurecer novamente.
  Assim como o sol nasce a cada dia
e ilumina os nossos corações
enchendo-os de alegria para um novo dia;
do meu refúgio, vejo os prédios se erguerem.
E o sol já não chega mais ao meu canto, pela sombra que eles fazem
e o meu coração não é mais iluminado
e a energia não é mais reposta
Eu acabo endurecendo como os cidades."

Caio Machado Nascimento

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A pré-história da minha cria


Qual a história desse blog?

Na verdade ele ainda não tem história nenhuma, possui apenas uma mera postagem :)

Esse blog porém, possui uma PRÉ-história

Meio comum, nada de muito especial. Na verdade tudo na vida do autor é singelo. Não acho que criei o blog, acho que ele surgiu... Mas como? Brotou na terra por geração espontânea, uma mágica do mestre dos magos?

"Na pauduressência do amanhecer" foi um nome já pensado e comentado com alguns amigos querendo ser escroto e ao mesmo tempo possuir um sentido - ser MAIS escroto que possuir sentido. Pauduressência eu interpreto como felicidade - isso só os homens sabem, pois só eles sentem a pauduressência. O amanhecer é o nascer do dia, logo o nome blog pode ter um sentido: Na felicidade do nascer do dia. NA felicidade SIM, pois quero que todos os seres que aterrissem nesse local estejam inseridos NESSA felicidade, renovada a cada dia.

Um domingo a noite surge a ideia de fazer um texto e publicar no facebook, manifesto contra a falta de respeito dos seres humanos com seus irmãos. O resultado foi maior do que o esperado - maior mesmo - o texto cresceu e assumiu um tamanho que não seria publicável em nenhum veículo que possuo. A ânsia de publicá-lo foi tão grande que eu fiz esse espacinho aqui.

Começo humilde, mas eu quero mesmo é dominar o mundo. Lutar contra a limitação; o preconceito; a alienação; os clichês e ideias impostas "goela a baixo". Dar uma nitroglicerinada na terra, revolucionar a internet, sem perder o bom humor. Dominar o mundo e revolucionar internet é muito fácil, isso eu consigo quando ganhar uma vassoura voadora e uma varinha pra dizer "vingardium leviosa". O difícil é saber lutar contra o preconceito, a limitação e a alienação; isso eu posso introduzir, mas a mudança quem escolhe é VOCÊ, meu caro leitor.

A minha idéia é pirar, tá comigo nessa? Então vamos a luta, vamos conquistar nosso lugar ao sol, minha única proposta é: Não tenho propostas, e é isso aí. Viva o Brasil, viva eu, viva a vida!

domingo, 24 de outubro de 2010

Fugindo dos alienígenas

A rua da moeda não é mais a mesma...

Ahh... a rua da moeda, palco de boas conversas, um ambiente relaxante de onde brotaram grandes, conversas e ideias, lugar que já abrigou o famoso "pina de copacabana" onde apresentavam-se novos artistas a um fumaçante público alternativo. 

Pois é, esse ambiente mudou...

Não, a fumaça ainda tá lá, o tráfico resiste, porém o público característico dessa rua está fugindo dos seres alienígenas que lá posaram, seres esses dotados de som automobilístico no mais alto volume, pertubando a tranquilidade alheia. Não se conversa mais, não se fala mais, o Dj da sua noite agora é o dono do trio elétrico no meio da rua, a sua liberdade foi violada - FUGA!


Pois é, fugimos da rua da moeda em pleno sábado a noite, quem diria. Pelo visto nós não somos os únicos, pois desde que chegamos lá notamos um movimento fraco, um público escasso, e os resistentes altamente incomodados com a tal "musiquinha".

Sinto pena da estátua do Chico Science que lá está fincada, viver o desrespeito e não poder fugir, não poder ao menos se mexer para contestar a situação, isso sim é uma tortura, até quando a sociedade brasileira vai ser individualista assim? Cada vez aparecem mais alienígenas inconvinientes. É preciso dar a cidade aos cidadãos, digo para que se saiba: a rua não é a sua casa.